Pesquisa de Receptividade Endometrial (Teste ERA)
O exame de receptividade endometrial pode ser um aliado nas pacientes que já passaram por múltiplas transferências embrionárias sem sucesso. Ele avalia se o útero daquela paciente responde à ação da progesterona de maneira habitual, ou seja, se ele está de fato receptivo à chegada do embrião após 5 dias da ovulação ou 120h de ação do hormônio.
Para a realização desse exame, é necessário que a paciente seja submetida a uma biópsia endometrial. Esse procedimento é realizado em consultório por meio de uma cânula flexível de Pipelle e não requer sedação.
A literatura médica ainda é controversa em relação à efetividade do teste ERA, devendo sua utilização ser discutida previamente com seu médico assistente.
Avaliação do microbioma endometrial e pesquisa de endometrite crônica (Teste EMMA e ALICE)
Essas avaliações endometriais são realizadas de maneira semelhante ao teste ERA mencionado anteriormente. A paciente pode, inclusive, optar pela realização dos 3 testes em uma única amostra endometrial.
Ao contrário do que se acreditava anteriormente, hoje sabemos que o ambiente endometrial não é estéril. A nossa flora endometrial deve ser constituída principalmente por Lactobacilos para termos um ambiente uterino favorável à implantação do embrião. Esses exames avaliam por meio de técnicas laboratoriais o percentual de lactobacilos presente na amostra endometrial e a presença de bactérias patogênicas, sugestivas de endometrite crônica.
O tratamento dessas condições é guiado conforme o resultado encontrado, sendo feito, principalmente, através do uso de antibióticos e probióticos vaginais.
Histeroscopia cirúrgica e diagnóstica
A avaliação indireta da anatomia uterina é realizada hoje facilmente por meio de exames de ultrassonografia. Quando essas avaliações demonstram alguma alteração, sugere-se a realização da histeroscopia para visualização direta da cavidade endometrial.
A histeroscopia é realizada em nossa cidade em ambiente hospitalar, sob sedação. Ela é feita através da introdução de uma câmera pelo orifício do colo uterino, nos permitindo identificar pólipos, miomas, áreas suspeitas de infecção crônica, sinéquias entre outras condições. A correção dessas anormalidades é realizada na sequência com a introdução do ressectoscópio.
A melhora das condições uterinas promove aumento das chances de sucesso de implantação do embrião.