A Dra. Flavia Burim, autoridade na área de reprodução humana, é uma médica ginecologista e obstetra com o registro CRM/ SC 22716 - RQE 13163. Com mais de uma década de dedicação à especialização em medicina reprodutiva, a doutora é movida por sua paixão em realizar o sonho da parentalidade, trazendo a combinação de tecnologia e medicina para este campo em constante evolução.

Congelamento de óvulos

A entrada da mulher no mercado de trabalho e as mudanças da sociedade fizeram com que cada vez mais as mulheres optem pela maternidade após os 35 anos de idade. Embora isso não impeça a gestação na maioria das pacientes, sabemos que a qualidade dos óvulos se reduz de maneira mais acentuada a partir dessa idade. Por conta disso, o congelamento social de óvulos é hoje recomendado para todas as mulheres que planejam uma gestação tardia.

A criopreservação dos gametas femininos teve sua técnica modificada com o passar dos anos, sendo hoje realizada a vitrificação dos óvulos, ou seja, um congelamento ultrarrápido em nitrogênio líquido que permite uma taxa de sobrevivência de 90-95% dessas células ao descongelamento.

Para quem o congelamento é indicado?

  • Mulheres solteiras ou que planejam gestação após os 35 anos de idade
  • Mulheres que planejam mais de 2 filhos e estão iniciando a maternidade tardiamente
  • Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce
  • Pacientes com baixa reserva ovariana diagnosticada
  • Paciente em programação de cirurgia que possa comprometer a reserva ovariana
  • Pacientes que possuem dúvidas sobre o desejo da maternidade

Quando fazer e quantos óvulos congelar?

Não existe uma idade mínima ideal para a realização do procedimento, no entanto, recomenda-se que até os 35 anos, as mulheres passem por uma avaliação de reserva ovariana e sejam orientadas por médico especialista, caso não deseje a maternidade naquele momento.

Os ciclos de estimulação ovariana realizados mais precocemente costumam levar a uma melhor resposta e a um maior número de óvulos coletados em menor período de tempo, otimizando o processo e maximizando as chances de uma gestação futura, a partir daquele lote de óvulos armazenado. Após os 35 anos, o procedimento ainda poderá ser realizado, desde que seja levada em consideração uma possível queda de qualidade dos gametas.

O número de óvulos a congelar deve ser avaliado de acordo com a idade da paciente e com os fatores pessoais que possam levar a um comprometimento de qualidade desses gametas. De modo geral, recomenda-se número mínimo de 12 a 15 óvulos para uma chance real de gestação, uma vez que nem todo o óvulo se transformará em embrião. Quanto maior o lote de óvulos congelado, maior a probabilidade de conseguirmos uma gestação a partir desse grupo.

Como utilizar os óvulos que estão congelados?

Em caso de dificuldade para engravidar, a paciente que optar pelo tratamento poderá descongelar os óvulos armazenados e fertilizá-los com o sêmen do parceiro ou do doador. O embrião será formado em laboratório e transferido para o útero da paciente em etapas semelhantes às enfrentadas pelas pacientes que fazem a FIV.